O Benfica foi transformado na maior fonte nacional de abastecimento do FC
Porto, com o objectivo de ir contrariando o habitual impacto dos defesos
encarnados.
O Benfica tem sido o primeiro clube nacional abastecedor do FC Porto ao
longo dos últimos 20 anos, mediante uma política consolidada e firme de
manter sob pressão o adversário a abater para alcançar uma posição de
hegemonia popular, depois de ultrapassado o Sporting nos finais dos anos 80
do século passado.
Talvez porque todas as operações que se seguiram ao golpe traumático de
contratar o filho do «cabecinha de ouro» em 1988 foram cirúrgicas e
menosprezadas pelo autismo benfiquista de «riscar» os nomes dos traidores (o
que aconteceu literalmente com o de Rui Águas durante os dois anos de
exílio), os encarnados demoraram a reagir, quando o fizeram cometeram o erro
de querer derrotar o adversário nos terrenos que ele tinha minado.
A Luz tem inspirado, em todos os sentidos, a gestão desportiva e comercial
do FC Porto, com uma estratégica paciente e de desgaste progressivo que
evoluiu nos últimos anos do «roubo» de jogadores para os intrincados
submundos do mercado internacional de jogadores, onde Pinto da Costa se
movimenta com a supremacia de um padrinho numa parada de caloiros. Não
encontrando motivos para investir dentro do plantel do Benfica, como fez
pontualmente na época transacta ao precisar de um jogador para substituir
Quaresma, o FC Porto tenta bloquear o reforço do quadro adversário,
investindo sobre jogadores que demorem a deixar-se seduzir pelo encarnado.
Estragar negócios, pagando mais, é a opção, sendo difícil encontrar outras
justificações se não complicar a vida ao adversário principal mantendo
tréguas com o Sporting, pelo menos, enquanto o clube leonino viver encantado
com os seus crónicos 2.ºs lugares. Depois das contratações mirabolantes de
Kaszmerczak e Edgar, que já pareciam erros de «casting» do Benfica, surgem
agora as de Pereira e Falcao sem outras recomendações de relevo para lá do
interesse que suscitaram nos responsáveis benfiquistas. É a consolidação de
um ideal de provocação que já tinha feito passar pelo Porto, sem honra nem
glória, jogadores com determinados perfil e identidade (Panduru, Pedro
Henriques, Kenedy, Ovchinnikov, Caju, Hugo Leal) que, à partida, teriam
reduzidas condições de acrescentar qualidade.
VIRANDO A SUL
O mercado prioritário do FC Porto reduziu a Norte (de 29 para 21 jogadores)
e duplicou a Sul (subindo de 17 para 34) aquisições abaixo do Mondego).
MERCADO PREFERIDO
Desde 1988-89, o FC Porto contratou nove jogadores ex-Benfica, transformando
o principal rival no maior abastecedor interno.
TENTAÇÃO DE QUERER DAR TROCO
A prioridade de Rui Costa devia ser a reconstrução do espírito destruído
pelos anos de loucura. A necessidade de melhorar a gestão dos recursos e a
ameaça de colapso financeiro têm refreado a tentação de entrar nos leilões,
mas nota-se-lhe no discurso um azedume que mal esconde a revolta e vontade
de dar troco.
PERIGOSO VÍRUS DE DECADÊNCIA
Com Trapattoni, o Benfica subiu do 5.º lugar ao 1.º somente depois de Argel
e Zahovic rescindirem os contratos a meio do percurso. A estratégia de
recuperar figuras decrépitas tem inoculado um perigoso vírus de decadência
na Luz, sabendo-se que das Antas, nem identidade nem felicidade, apenas
irracionalidade.
O PECADO ORIGINAL E O PODER FINANCEIRO
A contratação de Rui Águas (e Dito) no Verão de 1988 abriu a caixa de
Pandora em que se mantinha sossegada a relação FC Porto-Benfica, por causa
da ligação pessoal entre Pinto da Costa e Fernando Martins e porque o
«inimigo» dos primeiros anos da guerra Norte-Sul era o presidente do
Sporting, João Rocha. Ainda regressou a tempo de minorar o estrago, mas a
ferida ficou aberta para sempre: basta deitar-lhe um pouco de sal todos os
anos, como faz metodicamente o dirigente portista. Ao contrário do filho de
José Águas, os que se lhe seguiram coincidiam num perfil de pouca identidade
com o Benfica (todos estrangeiros, à excepção de Maniche), mas o motivo
nunca foi desportivo. Foi o dinheiro que causou o pecado original nos tempos
de Gaspar Ramos, quando este se deixava enredar como inimigo de estimação, e
continua a ser o inesgotável desafogo financeiro do FC Porto o maior
pesadelo dos benfiquistas.
PERDA DE IDENTIDADE POR DIFERENÇAS "GENÉTICAS"
O esloveno Zahovic estava em Valência quando o Benfica o escolheu como
primeira figura de mais um Verão quente, mas foram as companhias de outros
ex-jogadores do FC Porto contratados na mesma altura que acentuaram o cariz
de nova opção estratégica, talvez a pior decisão tomada na Luz em matéria de
política desportiva nos últimos 30 anos, ressuscitando os defeitos
«genéticos» do projecto desenvolvido dez anos antes por Manuel Damásio, com
Artur Jorge como treinador.
Nunca mais se recompôs da perda de identidade agravada pela incorporação de
jogadores, técnicos e dirigentes como uma matriz bem diversa e que, além de
datada e envelhecida, não se fez acompanhar de uma bateria de processos
paralelos, alguns bem obscuros, que ajudam a sustentar a qualidade
desportiva. Enquanto todos os jogadores que foram do Benfica para o FC Porto
melhoraram as suas performances, Zahovic passou de 27 golos e 21
assistências em três anos nas Antas para 14 golos e 14 assistências em
quatro épocas na Luz.
João Querido Manha
LEIAM BEM NAS ENTRELINHAS PARA FICAR A CONHECER MELHOR ESTE JOÃO QUERIDO
MANHA (MANHOSO.....ELE É MANHOSO...).
GOSTAVA QUE O ESPECIMEN EXPLICASSE MELHOR O QUE QUER DIZER COM AS 2
PRIMEIRAS LINHAS DO ULTIMO PARÁGRAFO, O DAS DIFERENÇAS GENÉTICAS.....:
...Nunca mais se recompôs da perda de identidade agravada pela incorporação
de jogadores, técnicos e dirigentes como uma matriz bem diversa e que, além
de datada e envelhecida, não se fez acompanhar de uma bateria de processos
paralelos, alguns bem obscuros, que ajudam a sustentar a qualidade
desportiva.
Abraço
CALABOTE
Porto, com o objectivo de ir contrariando o habitual impacto dos defesos
encarnados.
O Benfica tem sido o primeiro clube nacional abastecedor do FC Porto ao
longo dos últimos 20 anos, mediante uma política consolidada e firme de
manter sob pressão o adversário a abater para alcançar uma posição de
hegemonia popular, depois de ultrapassado o Sporting nos finais dos anos 80
do século passado.
Talvez porque todas as operações que se seguiram ao golpe traumático de
contratar o filho do «cabecinha de ouro» em 1988 foram cirúrgicas e
menosprezadas pelo autismo benfiquista de «riscar» os nomes dos traidores (o
que aconteceu literalmente com o de Rui Águas durante os dois anos de
exílio), os encarnados demoraram a reagir, quando o fizeram cometeram o erro
de querer derrotar o adversário nos terrenos que ele tinha minado.
A Luz tem inspirado, em todos os sentidos, a gestão desportiva e comercial
do FC Porto, com uma estratégica paciente e de desgaste progressivo que
evoluiu nos últimos anos do «roubo» de jogadores para os intrincados
submundos do mercado internacional de jogadores, onde Pinto da Costa se
movimenta com a supremacia de um padrinho numa parada de caloiros. Não
encontrando motivos para investir dentro do plantel do Benfica, como fez
pontualmente na época transacta ao precisar de um jogador para substituir
Quaresma, o FC Porto tenta bloquear o reforço do quadro adversário,
investindo sobre jogadores que demorem a deixar-se seduzir pelo encarnado.
Estragar negócios, pagando mais, é a opção, sendo difícil encontrar outras
justificações se não complicar a vida ao adversário principal mantendo
tréguas com o Sporting, pelo menos, enquanto o clube leonino viver encantado
com os seus crónicos 2.ºs lugares. Depois das contratações mirabolantes de
Kaszmerczak e Edgar, que já pareciam erros de «casting» do Benfica, surgem
agora as de Pereira e Falcao sem outras recomendações de relevo para lá do
interesse que suscitaram nos responsáveis benfiquistas. É a consolidação de
um ideal de provocação que já tinha feito passar pelo Porto, sem honra nem
glória, jogadores com determinados perfil e identidade (Panduru, Pedro
Henriques, Kenedy, Ovchinnikov, Caju, Hugo Leal) que, à partida, teriam
reduzidas condições de acrescentar qualidade.
VIRANDO A SUL
O mercado prioritário do FC Porto reduziu a Norte (de 29 para 21 jogadores)
e duplicou a Sul (subindo de 17 para 34) aquisições abaixo do Mondego).
MERCADO PREFERIDO
Desde 1988-89, o FC Porto contratou nove jogadores ex-Benfica, transformando
o principal rival no maior abastecedor interno.
TENTAÇÃO DE QUERER DAR TROCO
A prioridade de Rui Costa devia ser a reconstrução do espírito destruído
pelos anos de loucura. A necessidade de melhorar a gestão dos recursos e a
ameaça de colapso financeiro têm refreado a tentação de entrar nos leilões,
mas nota-se-lhe no discurso um azedume que mal esconde a revolta e vontade
de dar troco.
PERIGOSO VÍRUS DE DECADÊNCIA
Com Trapattoni, o Benfica subiu do 5.º lugar ao 1.º somente depois de Argel
e Zahovic rescindirem os contratos a meio do percurso. A estratégia de
recuperar figuras decrépitas tem inoculado um perigoso vírus de decadência
na Luz, sabendo-se que das Antas, nem identidade nem felicidade, apenas
irracionalidade.
O PECADO ORIGINAL E O PODER FINANCEIRO
A contratação de Rui Águas (e Dito) no Verão de 1988 abriu a caixa de
Pandora em que se mantinha sossegada a relação FC Porto-Benfica, por causa
da ligação pessoal entre Pinto da Costa e Fernando Martins e porque o
«inimigo» dos primeiros anos da guerra Norte-Sul era o presidente do
Sporting, João Rocha. Ainda regressou a tempo de minorar o estrago, mas a
ferida ficou aberta para sempre: basta deitar-lhe um pouco de sal todos os
anos, como faz metodicamente o dirigente portista. Ao contrário do filho de
José Águas, os que se lhe seguiram coincidiam num perfil de pouca identidade
com o Benfica (todos estrangeiros, à excepção de Maniche), mas o motivo
nunca foi desportivo. Foi o dinheiro que causou o pecado original nos tempos
de Gaspar Ramos, quando este se deixava enredar como inimigo de estimação, e
continua a ser o inesgotável desafogo financeiro do FC Porto o maior
pesadelo dos benfiquistas.
PERDA DE IDENTIDADE POR DIFERENÇAS "GENÉTICAS"
O esloveno Zahovic estava em Valência quando o Benfica o escolheu como
primeira figura de mais um Verão quente, mas foram as companhias de outros
ex-jogadores do FC Porto contratados na mesma altura que acentuaram o cariz
de nova opção estratégica, talvez a pior decisão tomada na Luz em matéria de
política desportiva nos últimos 30 anos, ressuscitando os defeitos
«genéticos» do projecto desenvolvido dez anos antes por Manuel Damásio, com
Artur Jorge como treinador.
Nunca mais se recompôs da perda de identidade agravada pela incorporação de
jogadores, técnicos e dirigentes como uma matriz bem diversa e que, além de
datada e envelhecida, não se fez acompanhar de uma bateria de processos
paralelos, alguns bem obscuros, que ajudam a sustentar a qualidade
desportiva. Enquanto todos os jogadores que foram do Benfica para o FC Porto
melhoraram as suas performances, Zahovic passou de 27 golos e 21
assistências em três anos nas Antas para 14 golos e 14 assistências em
quatro épocas na Luz.
João Querido Manha
LEIAM BEM NAS ENTRELINHAS PARA FICAR A CONHECER MELHOR ESTE JOÃO QUERIDO
MANHA (MANHOSO.....ELE É MANHOSO...).
GOSTAVA QUE O ESPECIMEN EXPLICASSE MELHOR O QUE QUER DIZER COM AS 2
PRIMEIRAS LINHAS DO ULTIMO PARÁGRAFO, O DAS DIFERENÇAS GENÉTICAS.....:
...Nunca mais se recompôs da perda de identidade agravada pela incorporação
de jogadores, técnicos e dirigentes como uma matriz bem diversa e que, além
de datada e envelhecida, não se fez acompanhar de uma bateria de processos
paralelos, alguns bem obscuros, que ajudam a sustentar a qualidade
desportiva.
Abraço
CALABOTE